Alarmamo-nos com os resultados assombrosos associados às milhares de vidas ceifadas pelo vírus que nos acomete neste 2020. No entanto, não nos alarmamos mais com estimativas como as apresentadas pela OMS, de que, praticamente uma em cada dez pessoas adoeça ao consumir alimentos processados ou preparados por outras pessoas ou estabelecimentos. Também, com dados ainda de 2015, que apontaram mais de 2 milhões de mortes por ingerir comida e água contaminadas.
Por que esses dados não nos alarmam mais? Tornaram-se burlescos, randômicos ou simplesmente fazem parte de uma paisagem? Acostumamo-nos e nos tornamos insensíveis? E se esta pandemia de agora perdurar por anos a fins? Acostumar-nos-emos também? Torço para que não. Vale uma profunda reflexão.
Um estímulo a novos hábitos
Alimentos são essenciais para a nossa sobrevivência, e as práticas vigentes para garantir a produção de alimentos seguros estão aí como estiveram desde sempre. Mesmo assim, há um descaso em aplicá-las, em fiscalizá-las, e contando ainda, com a complacência de um consumir por consumir, que, quero acreditar, está saindo de moda, pois em si, já nos exauriu.
As catástrofes, as crises, obrigam as pessoas, as empresas e as comunidades a se unirem e trabalharem na busca de soluções seja por qual motivo for. Assim, o momento também nos pede uma reflexão sobre essa relação às práticas de consumo (alimentares) até então. Consumir por que é bonito, gostoso, saboroso, por que somos persuadidos ou incentivados? Não mais.
Necessidade de confiança e segurança
“Homo est animal social” (o homem é um ser social), escreveu Aristóteles. Porém, as adversidades acentuam o medo e a ansiedade das pessoas e as estimulam a mudanças no seu comportamento. Os cuidados com a saúde e o bem-estar serão priorizados. As pessoas estão, cada vez mais, reavaliando seus hábitos de ir e vir e seus hábitos de consumo. Neste contexto, já vêm demonstrando, que precisam se sentir seguras em relação às práticas de consumo até então, no que inclui, é claro, o consumo dos alimentos. Escolhas cada vez mais conscientes e seguras. Se confiar, sim. Se não confiar, não.
É necessário estar atento às mudanças do modelo de cada negócio, investir em estratégias para engajar os consumidores de um modo profundo e seguro, ser ágil e flexível para se adaptar e assumir o protagonismo neste novo cenário, ao invés de apenas ser impactado por ele. Enfim, estamos na ‘ebulição’ de um redesenho e de uma nova forma de se organizar em todos os sentidos. Não é, e não será diferente, quanto a alimentação.
Ficar em casa foi a tônica para se sentir seguro até então. Sair de casa vai precisar que ‘se sinta em casa’ no contexto de se sentir seguro.
Já pensou nos impactos demandados pelas novas escolhas de consumo? Encaminhe-nos suas conclusões acerca do assunto!
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