Ao me deparar com algum parâmetro ou dado, sempre me questiono se é bom ou não, se é adequado ou não, mas tudo depende do contexto.
Sobre a segunda edição da pesquisa sobre o grau de inovação e tecnologia nos serviços de alimentação, pela Onexo em 2022, um dos questionamentos foi se a empresa tem ou disponibiliza orçamento para investimento em novas tecnologias. O resultado foi que 50%, sim, tem um planejamento e disponibiliza orçamento para este fim, porém, outros 50% disseram que não. A princípio, esse dado me preocupou muito. Porém, na contextualização, em uma live que realizamos para discussão dos resultados da pesquisa, esse dado teve outro significado, o da evolução.
Segundo José Carlos Reis, adepto de trazer novas tecnologias para o food service há décadas, e também de desenvolver, nos posicionou de forma positiva dizendo: “eu fico até contente com esse número de 50%, pois há 30 anos eram 90% que não queriam saber de tecnologia. Até chegar nesses 50% o Brasil passou por muitas coisas nesses últimos 30 ou 32 anos. Até 1990 não tínhamos tecnologia no Brasil por lei. Era proibido importar, culturalmente não se podia ter acesso à tecnologia”.
Pois bem, os 50% que, a princípio, foi uma preocupação para mim, significa, mesmo que uma evolução tardia, um grande avanço quanto a novas tecnologias para o food service no Brasil. Agora é uma questão de tempo e, também, da gestão de cada um dentro do segmento.
Segundo José Carlos, que usa uma parábola para contextualizar, diz que “uma metade é seguidor rápido da tecnologia e de inovar, e a outra metade é seguidor lento ou não seguidor, e é o que mostra a pesquisa. O que acontece é que vão perder competitividade, ou as empresas buscam tecnologia, buscam inovar ou vão desaparecer. Isso vale não só para as empresas, vale principalmente para nós humanos”.
E prossegue: “a tendência é que as pessoas – empresas – vejam o sucesso da tecnologia dos outros e comece a buscar aquela inovação para se adequar e também inovar”. Neste sentido, torcemos para que na próxima pesquisa da Onexo, os números cresçam também.
E você, nos conte aí, é um inovador?
Cirlei Donato – CEO na Onexo